Anda com dívidas? Hoje em dia, com a facilidade oferecida pelas linhas de crédito, além da abundância de produtos e serviços oferecidos por diversas marcas, as dívidas se tornaram constantes no cotidiano da maioria das pessoas.
No Brasil, os órgãos oficiais de pesquisa relatam que aproximadamente 75% da população se encontra em situação de inadimplência. Essa estatística é bem ampla e abriga pessoas de diferentes idades, regiões e situações econômicas, o que reflete dívidas de variados tamanhos.
Não são apenas aqueles com baixo poder de compra que sofrem para manter seus pagamentos em dia. Há milhões de pessoas em nosso país, mesmo dentre as que têm condições de manter um padrão de vida satisfatório, sofrendo com dívidas.
Já sentiu no bolso os efeitos da economia, não é? Esses efeitos são consequência de como nosso país é administrado, o que reflete diretamente no seu bolso e de outros cidadãos. Nesse cenário, em que precisamos escolher com cuidado o que gastar com o nosso dinheiro e do que abrir mão, é preciso cautela com o cartão de crédito!
Apesar da quantidade enorme de material e informação disponível online sobre educação financeira — ainda que gratuitos — sabemos que nem sempre temos tempo para dar atenção a esses problemas maiores (que querendo ou não afetam a nossa vida financeira).
Por isso reunimos aqui 7 dicas para você sair das dívidas! Não se desespere com os boletos atrasados ou com o nome sujo, estamos aqui para te ajudar. Acompanhe esse artigo e anote essas dicas para trazer de volta o equilíbrio à sua vida financeira!
O que são as dívidas?
Antes de mais nada, cabe aqui entendermos o que as dívidas são de fato, não é mesmo?
De uma perspectiva jurídica e econômica, as dívidas são todos os compromissos financeiros cujos pagamentos não foram cumpridos dentro do prazo combinado pela instituição que lhe ofereceu o serviço ou produto adquirido. Um exemplo simples são as famosas parcelas do cartão de crédito.

Todo mês, a maioria dos brasileiros precisa lidar com a fatura do cartão. Normalmente, o pagamento é feito por inteiro, porém, na falta do valor total do pagamento, as instituições financeiras oferecem uma alternativa: o pagamento da fatura em parcelas. Está aí uma dívida formada.
Dívidas desse tipo podem parecer inofensivas a princípio. Afinal, que mal há em parcelar uma fatura de cartão? O grande problema é que, escondido atrás dessa aparente facilidade no prazo e no número de parcelas, esconde-se um vilão da organização financeira: as taxas de juros.
Normalmente, quanto mais o pagamento se prolonga, mais altas são as taxas de juros. Tendo em vista que a renda de uma pessoa em dívida dificilmente melhora em pouco tempo, o que muda em sua vida é o custo da dívida, que com os juros, será crescente e irá gerar mais desequilíbrio financeiro.
Obviamente, o crédito rotativo é apenas um exemplo de como as dívidas se formam, crescem e se tornam um verdadeiro problema. Nesse mesmo grupo é possível colocar qualquer espécie de débito, financiamento, empréstimo, entre outros.
Os empréstimos, particularmente, correspondem a uma das formas de pagamento posterior mais predatórias que existem no Brasil. As taxas de juros são altíssimas, mesmo para quem paga o empréstimo em dia.
Quais as causas mais comuns de endividamento?
É fácil rastrear quais são as causas mais comuns de endividamento em nosso país. A primeira delas é a condição econômica da maioria da população. Muitas pessoas caem em ciclos de empréstimos, promoções e supostas facilidades de pagamento por necessidade, sem saberem o tamanho dos juros que serão cobrados.
Entramos, então, na segunda causa: o crédito rotativo — também oferecido como pagamento mínimo da fatura ou, até, parcelamento da mesma. Essa opção conta com taxas altíssimas que somam juros sobre juros a cada parcela.

Além desses dois problemas estruturais, temos também o incentivo ao consumo. A mídia de massa e os veículos de comunicação bombardeiam, diariamente, a população com propaganda e a cultura do consumo. Sabe aquele tênis de marca que a gente compra só para se sentir melhor? Como se para nos sentirmos realizados fosse preciso não só um tênis, mas um daquela marca?
Essa cultura do consumo é o que gera, cada vez mais, uma compulsão pelo ato de comprar, principalmente entre os jovens. Isso, aliado ao estado da economia e da falta de educação financeira, gera um cenário em que a população está mergulhada em dívidas.
Parece desesperador, mas se você está com dívidas, não se desespere! Conhecer as causas do seu endividamento é o primeiro passo para se livrar delas para sempre.
7 dicas para sair das dívidas
Acessando o conhecimento disponível em diversas plataformas e com disciplina, você pode largar a posição de inadimplente e ter uma vida financeira bem equilibrada. É apenas uma questão de modificar alguns hábitos e tomar decisões melhores. Então vamos lá!
Anotar
Essa dica é simples e pode mudar sua vida. Geralmente, a maioria das pessoas sequer tem noção de seus próprios gastos.
Anotar as informações das faturas e boletos, isto é, fazer um breve balanço da sua vida financeira nos últimos meses te ajudará a entender com o que está gastando. Mapeie sua renda, de forma que você possa visualizar um caminho para sair das dívidas.
Fazer uma lista
Após ver todas as faturas, extratos e boletos, é o momento de listar cada uma das dívidas. Se necessário, faça uma planilha para ter ainda mais organização nesse processo.
Criar metas
Após visualizar todas as dívidas, será mais fácil priorizar quais devem ser pagas primeiro. Se você tem dívida em vários lugares, não adianta fazer um esforço enorme e pagar todas de uma vez, a não ser que você tenha acesso ao dinheiro necessário para fazer isso, sem gerar novas dívidas.
Um dos piores exemplos de como pagar dívidas é adquirir empréstimo com instituições financeiras para isso. Essa atitude só leva a novas dívidas, já que a taxa de juros fará você pagar quase duas vezes o montante emprestado.
O ideal é colocar em primeiro lugar as dívidas que você identificar como mais urgentes, cuidar delas e seguir para as outras em ordem de prioridade, como metas a serem batidas.
Cortar gastos
Se um dos maiores motivos para as dívidas é o consumo exagerado, então para reduzi-las basta cortar gastos supérfluos. Observar as faturas e boletos, além de fazer uma lista dos débitos, é uma boa forma de descobrir o que você pode cortar (ao menos até quitar os pagamentos).
Conversar com a família
Recrutar a ajuda da família pode ser um grande aliado, pois ela também pode oferecer ideias para acabar com as dívidas e, junto a você, se esforçar para cortar mais gastos.
Buscar uma renda extra
Hoje em dia, é possível obter uma renda extra até mesmo na internet. Algum trabalho nas horas vagas, nos fins de semana ou por comissão de vendas. Isso pode ser necessário caso sua renda atual, somada aos cortes de gastos, não seja suficiente para exterminar as dívidas.
Negociar com os credores
Após colocar sua vida financeira em ordem, esse é o momento de ir atrás dos credores e negociar os pagamentos restantes. Com o dinheiro em mãos, seu poder de negociação aumenta e você consegue boas condições de acordos, sem necessariamente cair em juros altos.
Saber lidar com dívidas é uma questão de disciplina, controle e informação, mas, acima de tudo, é uma questão de buscar ter uma vida financeira digna na medida do possível e tomar certas decisões para equilibrá-la. Com pequenas mudanças, você pode obter resultados que mudarão sua vida!